cena (eric e seus comparsas atacando)

CENA 11. praia deserta. camping. ext. dia
CONT. IMEDIATA DA CENA ANTERIOR.
ERIC — Olha a cara do figura... Não passa de um imbecil... Vamos deixar ele morrer por último... Primeiro esse ladrãozinho tem que sofrer mais! Joga bastante teia na cara dele, mulher-aranha!
INSERIR EFEITO: ARIADNE JOGA TEIA NA CARA DE JOCA
ARIADNE — Achou que ia escapar da minha teia, ladrão?
FERNANDO — Dá uma picada nele, amor!
JOCA SE DEBATE PRESO NA TEIA. ARIADNE AVANÇA E SEGURA JOCA.
INSERIR EFEITO: PERNAS DE ARIADNE CRESCEM.
ARIADNE PICA PESCOÇO DE JOCA.
JOCA — Arghhhhh!!
CAM. DETALHA: FILETE DE SANGUE NO PESCOÇO DE JOCA.
RICO — (GRITA E CHORA) Nãããooo!!
ERIC — Agora você, Cobrão, estraçalha este moleque magrinho chorão!
FERNANDO AGARRA RICO E O ABRAÇA FORTE.
FERNANDO — Te peguei, moleque! Vai sentir o abraço da jibóia!
RICO — Não! Me larga! Sai!
INSERIR EFEITO: LÍNGUA DE COBRA DE FERNANDO.
INSERIR EFEITO: ESCAMAS NA PELE DE FERNANDO.
FERNANDO — Vai sentir o veneno da serpente... Pra tu aprender!
RICO — Não! Pára! Me solta! Socorroooo!
FERNANDO MORDE RICO.
RICO — Aiiii! Você me mordeu!
FERNANDO — Inoculei o veneno... a mutação ofídica em você, molequinho!
FERNANDO SOLTA RICO, QUE CAI, AO LADO DE JOCA, QUE ESTÁ SUFOCANDO, SEM AR, ENGASGADO COM A TEIA.
JOCA — Ah... Tô sem ar... tô engasgando... Ar...
ERIC APONTA A ARMA PARA TARSO, LUNA E GASPAR.
ERIC — Gostaram de brincar de bang bang? É bom, né? Vocês não imaginam o prazer que eu tenho quando aperto o gatilho... Façam suas últimas preces, tão jovens e já vão partir... um por um...
CAM. DETALHA: DEDO DE ERIC NO GATILHO.
LUNA — (CHORA) Não! Por favor! Não atira!
GASPAR — (REPETE) Não atira!
TARSO — Levem os ovos! A gente não vai impedir! Mas não nos mate, por favor!
ERIC — Vocês deviam ter pensado nisso antes de apontar uma arma pra mim... Vocês me deixaram muito irritado! Agora vão pagar com a vida!
ERIC VAI ATIRAR.
TARSO SE ABRAÇA A LUNA, QUE SE ABRAÇA A GASPAR.
NO ÚLTIMO INSTANTE.
INSERIR EFEITO: TARSO, LUNA E GASPAR SE TELETRANSPORTAM, SOMEM DALI.
ERIC ATIRA NO VAZIO.
ERIC — Mas como? Pra onde é que eles foram?
CAM. VAI PARA ARIADNE, QUE SORRI, MALIGNA, AO VER JOCA PRESO NA TEIA, DESESPERADO. ELE ESTÁ COMEÇANDO A SUFOCAR.
JOCA — Socorro! Alguém me tira daqui! Tem alguma coisa me sufocando...
ARIADNE — Ninguém vai te ajudar agora, garoto!
FERNANDO JÁ LARGOU RICO DEPOIS DA MORDIDA. RICO CAMBALEIA, TONTO.
RICO — Ahhhhh!!! Fui mordido pela serpente... Tô me sentindo mal... Acho que vou morrer....
FERNANDO — Acha? Tu vai morrer, guri... tenho certeza...
JOCA — (SUFOCANDO) Arrghhhh! Fui picado pela aranha... Tô sem ar! Não consigo respirar! Socorrooo!!
ERIC CHEGA ALI, ASSOMBRADO.
ERIC — Os garotos! Eles sumiram! Tavam aqui agorinha e desapareceram!
SUSTO DE FERNANDO, ARIADNE E ERIC.
RICO CHORA E GEME, AO LADO DE JOCA, SUFOCANDO, NA TENSÃO,
CORTA PARA

OBS. CONTINUA ABAIXO, COM A CENA DE APRESENTAÇÃO DOS PERSONAGENS DE CLAUDIA ALENCAR E RAUL GAZZOLA

CENA DE ARQUIVO. VISTA AÉREA. SÃO PAULO. EXT. DIA
CENA DE ARQUIVO. CASA DE TARSO. EXT. DIA
OBS. CASA RICA, DE INDUSTRIAL, BEM MODERNA, EM ALPHAVILLE, SÃO PAULO, MAS PODE SER GRAVADA TB NO CONDOMÍNIO MANSÕES OU OUTRA SUPER CASA NA BARRA DA TIJUCA.
CENA 12. CASA DE TARSO.INT. dia
INSERIR EFEITO: TARSO, GASPAR E LUNA SE MATERIALIZAM NO MEIO DA SALA.
LUNA — (CHOCADA) O que foi que aconteceu?
TARSO — A gente se teletransportou de lá da praia.
LUNA — Mas como?
TARSO — Luna, lembra que eu te falei uma vez sobre um segredo?
LUNA — (AINDA CHOCADA) Sim.
GASPAR ESTÁ MUITO ASSUSTADO, OLHA TUDO EM VOLTA, MUITO ESPANTADO.
TARSO — Pois é, eu sou um mutante... eu consigo me teletransportar pra qualquer lugar...
LUNA — Cara! Tô pasma!
TARSO — E tem outra coisa, quando eu me teletransporto, a pessoa que estiver agarrada comigo, também vai junto... como acabou de acontecer com vocês dois...
LUNA — (MUITO CHOCADA) Sei... isso é tudo muito esquisito... mó doideira, meu!
GASPAR OLHA PARA OBJETOS, CURIOSO.
TARSO — Há muito tempo eu queria te falar... agora me sinto melhor...
LUNA — Obrigada por me dizer... (PENSATIVA) As coisas começam a fazer sentido... agora eu entendo porque você, muitas vezes, aparecia assim de repente, do nada...
TARSO — É...
LUNA — Incrível, Tarso! Puxa vida... muito massa esses teus poderes... Cê nem precisa de busão pra se locomover, né?
TARSO — Eu posso ir aonde quiser... já rodei o mundo, já visitei tudo quanto é país.
LUNA — Eu tô passada... você salvou nossa vida!
TARSO — A gente conseguiu se safar... mas eu tô preocupado com os nossos amigos que ficaram com os bandidos.
ELES OLHAM PARA GASPAR, QUE ESTÁ SEGURANDO UMA ESCULTURA.
LUNA — (SOBRE GASPAR) Ih, ele tá cismado com aquela escultura.
TARSO — (P/ GASPAR) Cara! Coloca essa coisa aí, minha mãe comprou esse bagulho em Viena, na Áustria.
TARSO PEGA A ESCULTURA DA MÃO DE GASPAR E COLOCA NO LUGAR.
TARSO — Essa escultura vale uma fortuna. Aliás, quase tudo que está aqui na minha casa vale uma fortuna.
SANDRA E JOÃO RICARDO CHEGAM EM CASA.
SANDRA — Boa tarde, filhão... (OLHA PARA TARSO, LUNA E GASPAR) Por que tá todo mundo sujo de areia?
LUNA — Oi, Sandra! Oi João!
JOÃO — Tudo bem, Luna? Mas o que é isso? Vocês vieram direto da praia, sem tomar uma ducha, passar uma água antes de entrar?! Tarso, não acredito... Olha o tapete persa, vai ficar cheio de areia...
SANDRA — (SOBRE GASPAR) E esse quem é? Esse eu não conheço...
TARSO — Ele é nosso amigo...
LUNA — A gente conheceu lá no camping.
JOÃO — (PRA GASPAR) Meu nome é João Ricardo Borba Gato de Albuquerque Andrade...
TARSO — Papai adora falar o nome todo. Só pra dizer que descende de famílias tradicionais paulistanas...
JOÃO — (SORRI) Como vai, rapaz?
JOÃO DÁ UM PASSO NA DIREÇÃO DE GASPAR E ESTENDE A MÃO COM FIRMEZA. GASPAR SE ASSUSTA E RECUA, FAZENDO UM BARULHO ESQUISITO.
CAM. DETALHA: MÃO DE GASPAR ESBARRA EM ESTATUETA, QUE CAI E QUEBRA.
GASPAR TOMA SUSTO E GRITA EXAGERADAMENTE, GUINCHA, SEM SABER FALAR, DEPOIS FALA:
GASPAR — Nãão...
JOÃO — Não! Digo eu! Você acabou de destruir uma relíquia do tempo do Brasil colônia!
NA SURPRESA TOTAL DE SANDRA E JOÃO,
CORTA PARA